A desnutrição é um estado patológico resultante da falta de ingestão ou absorção de nutrientes necessários para manter a saúde do organismo. Este artigo visa fornecer informações fundamentais para a identificação precoce de quadros de desnutrição, permitindo intervenções eficazes e melhorando os prognósticos dos pacientes.
A desnutrição refere-se à insuficiência, excesso ou desequilíbrio na ingestão de calorias e/ou nutrientes. Ela pode se manifestar de duas formas principais: a desnutrição por deficiência, que é a falta de nutrientes, e a desnutrição por excesso, frequentemente associada a desequilíbrios nutricionais e obesidade onde o paciente se alimenta demais, porém com alimentos pobres em nutrientes.
As causas da desnutrição são multifatoriais e podem incluir: ingestão inadequada de alimentos devido a pobreza, restrições dietéticas, falta de conhecimento nutricional ou problemas de saúde mental; absorção deficiente de nutrientes causada por doenças gastrointestinais ou uso de certos medicamentos; aumento das necessidades nutricionais devido a doenças, gravidez ou períodos de crescimento acelerado ou a perda excessiva de nutrientes devido a sangramento, inflamação crônica ou condições médicas, como a insuficiência renal.
No âmbito clínico, é preciso estar atento aos seguintes sinais que podem indicar desnutrição: perda de peso não intencional é um dos sinais mais evidentes de desnutrição; atrofia muscular e perda de tecido adiposo subcutâneo; fraqueza geral e fadiga, que podem ser sinais de anemia ou deficiência de nutrientes essenciais; alterações nos cabelos e unhas, como cabelo fino e quebradiço ou unhas côncavas (coiloníquia); pele seca, pálida e, em casos graves, presença de edema e em crianças, atraso no crescimento e desenvolvimento.
Identificação da desnutrição
Para a identificação precisa de desnutrição, a avaliação nutricional deve ser abrangente, incluindo:
Histórico clínico e dietético: compreender o histórico do paciente, incluindo a ingestão dietética usual, história de saúde e padrões de crescimento.
Exame físico: avaliar sinais físicos de desnutrição e qualquer manifestação clínica associada.
Medições antropométricas: usar medidas como o índice de massa corporal (imc), circunferência do braço e espessura do tecido adiposo subcutâneo.
Exames laboratoriais: verificar níveis de proteínas plasmáticas, hemoglobina, vitaminas e minerais.
Tratamento para desnutrição
Uma vez identificada a desnutrição, as estratégias de tratamento podem incluir:
Intervenção dietética: ajustar a dieta para incluir uma variedade de nutrientes e energia suficiente.
Suplementação: fornecer vitaminas e minerais específicos para corrigir deficiências.
Educação nutricional: ensinar pacientes e cuidadores sobre as necessidades nutricionais e como atendê-las.
Monitoramento contínuo: acompanhar o progresso e ajustar o plano de tratamento conforme necessário.
A prevenção é sempre preferível e mais eficaz do que o tratamento. Ações preventivas incluem: educação nutricional para promover dietas balanceadas e saudáveis; programas de saúde pública focados na segurança alimentar e no acesso a alimentos nutritivos e o monitoramento do crescimento e desenvolvimento, especialmente em crianças e idosos.
A identificação de quadros de desnutrição é uma habilidade crucial para profissionais da saúde. Se faz necessário estar cientes das causas, sinais e sintomas, bem como das abordagens de avaliação e tratamento.
Através de uma compreensão aprofundada e uma abordagem multidisciplinar, pode-se garantir a recuperação nutricional e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes afetados por essa condição.
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